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Belém, Pará, Brazil
Formada em Licenciatura Plena em Pedagogia,Estudiosa e adepta da Educação SEM Distância(EaD).

quarta-feira, 4 de julho de 2012



    

     
    O design é uma atividade muito presente na vida moderna, mas nem sempre é percebido ou reconhecido pelas pessoas, sobretudo quando se trata de elementos intangíveis. Como referência à criação e especificação de um artefato, o design é um termo que tem sido traduzido como projeto e desenho. Na área educacional o design está presente desde o curso como um todo até os materiais didáticos usados nas aulas. Todo curso, toda disciplina e todo material didático devem ser resultantes de um processo de design.
       O design em geral e também na área educacional é sempre influenciado pelos avanços tecnológicos, bem como pelas mudanças sociais e culturais decorrentes. Assim, a tecnologia afeta o design educacional tanto direta como indiretamente. A título de exemplo, o computador e a Internet estão presentes em praticamente todos os aspectos da vida atual, alteram a forma como vemos nossa sociedade e ampliam a capacidade de nossas funções cognitivas (Costa & Marins, 2011).
       O design didático, também conhecido como design instrucional ou projeto didático, é um processo muito importante no desenvolvimento de cursos e que precisa ser desenvolvido por equipes multidisciplinares (Roque & Castro, 2011). Esse processo deve considerar a concepção pedagógica do curso, os seus pressupostos didáticos e seu público alvo, assim como o conteúdo a ser abordado.
       Segundo Gustafson & Branch (2002), o design didático é um sistema de procedimentos para o desenvolvimento consistente e confiável de programas de educação e treinamento. Trata-se de um processo complexo, por ser criativo, ativo e interativo. Os referidos autores explicam que os profissionais do design didático empregam procedimentos sistemáticos de projeto para tornar a instrução (ensino) mais eficaz, eficiente e relevante em relação àquelas desenvolvidas por outros meios. Há na literatura referências a diversos processos de design didático, mas praticamente todos incluem os seguintes elementos centrais: análise, projeto, desenvolvimento, implementação e avaliação (Thomas et al., 2002)
       O design didático precisa seguir alguns princípios para que seja eficaz. Cada instituição precisa se preparar para esse processo, constituindo uma equipe adequada e formalizando suas políticas (regras) a serem seguidas. Uma das maneiras de formalizar o modo de trabalho da equipe de design didático é por meio de um manual, a exemplo do manual do Centro de Ensino e Aprendizagem da Universidade do Missouri (UMSL, 2011). O manual é resultado de um trabalho cooperativo de cinco universidades norte-americanas, que contou com financiamento público por ser considerado estratégico.
       No referido manual é apresentado de forma sintética um processo com 7 etapas, cada uma delas com instruções para quem for realizar um design didático de EAD. As etapas se relacionam com questões fundamentais que devem consideradas no processo de design instrucional: 1. Quais são as necessidades para o programa educacional? 2. Quais são as metas e objetivos? 3. Quem serão os alunos? 4. Qual será o conteúdo (mensagem)? 5. Quais os métodos de ensino e mídia (tecnologia) serão usados? 6. Como os alunos serão avaliados? 7. Como o curso ou aula será avaliado com uma perspectiva de melhoria?
       Para Silva et al. (2002), “Design e criatividade são duas palavras que se encontram e se completam, uma vez que uma é a razão de ser da outra. Segundo esses autores, criatividade se refere aos processos e mecanismos do pensamento associados ao novo, à imaginação, ao entusiasmo, à inovação, originalidade, inspiração, capacidade intuitiva, ousadia, improvisação e imprevisibilidade, dentre outras.
       Segundo Maldonato & Dell´Orco (2010), “a extraordinária quantidade de informações em circulação fez as expectativas humanas crescerem”, mas “enfraqueceu a criatividade, a autonomia e a escolha responsável dos homens”. Assim, é importante que o processo de design didático seja desenvolvido com a preocupação de incentivar a criatividade. Precisa então fazer uso das inovações tecnológicas e sociais como mecanismos que incentivem os alunos e promovam sua criatividade.
       O uso de imagens, por exemplo, pode despertar interesse no aluno e incentivar sua criatividade a partir das possibilidades de relacionamento entre o conteúdo escrito e as mensagens que podem ser interpretadas a partir da visualização de uma imagem. Segundo apontam Sartori & Roesler (2004, pag. 4), a imagem é informação e “pressupõe interpretação daquele que a vislumbra”, ou seja, “a imagem para o espectador é o retrato de sua percepção”. Esses autores ainda destacam os avanços da informática têm ampliado drasticamente as possibilidades de criação, manipulação e uso de imagens em materiais didáticos.
       Aqda et al. (2011) apresentam alguns procedimentos para incentivar a criatividade: criar objetivos de criatividade e incluí-los nos objetivos específicos da matéria ou disciplina, procurar oportunidades para a ampliação da criatividade nos seus esquemas de trabalho e planos das aulas; e desenvolver atividades que sejam autênticas pessoal e culturalmente ante os interesses e as experiências dos alunos. Afirmam ainda que o planejamento deve considerar uma variedade de estilos de ensino e de aprendizagem para que o maior número possível de alunos possa ter oportunidade de mostrar sua criatividade.
       Consoante esses autores, atividades teatrais em sala de aula podem aumentar o envolvimento imaginativo dos alunos e dar-lhes liberdade para explorar idéias. Na visão desses autores, para os quais a criatividade é o ponto central do trabalho educacional no século XXI, experimentos práticos, atividades de resolução de problemas, discussão e trabalho cooperativo são exemplos de atividades que proporcionam excelente oportunidade para o comportamento e o pensamento criativo.
       O design didático está presente também no ensino presencial, tanto que se pode observar que há muitos livros que dispõem de grande riqueza de recursos para facilitar o processo de aprendizagem. No início de cada capitulo desses livros são explicitados os objetivos de aprendizagem e, ao longo do texto, esses objetivos são retomados para destacar ao aluno que eles estão de fato sendo cumpridos. Alguns contam inclusive com recursos disponíveis na Internet, os quais podem ser acessados tanto livremente como por meio de acesso controlado por senha.
       Esses livros são voltados para o ensino presencial, mas já incluem alguns dos princípios para elaboração de materiais para a EAD. Apresentam exemplos práticos, casos do mundo real, questões para fixação do conteúdo, bem como problemas e casos para serem solucionados pelos alunos. Fazem uso dos recursos da internet como um complemento ao texto. Alguns apresentam casos já resolvidos, resumos e outros complementos por meio da Internet. Pode-se dizer que os avanços no design instrucional promovidos pela EAD estão já presentes na educação tradicional.
       É difícil e desafiador desenvolver materiais que correspondam aos objetivos da disciplina e às expectativas dos alunos. Em especial, é difícil aproveitar apropriadamente os recursos tecnológicos disponíveis de forma a não perder o foco nos objetivos do curso e nas expectativas dos alunos.
       As tecnologias da informação e comunicação se mostram como um grande desafio no contexto do design de materiais didáticos. Há muitas oportunidades de aproveitamento da tecnologia. Outro ponto muito crítico nesse processo é a avaliação das necessidades de conteúdo da disciplina, que a rigor deve ser realizada antes do desenho (design) do material e antes de cada novo oferecimento da disciplina. O mercado de trabalho e a sociedade de uma maneira geral estão continuamente exigindo atualização nos cursos e em seus materiais didáticos. O design instrucional precisa responder a essas demandas. Precisa continuamente se reinventar, o que requer pesquisa e inovação.
FONTE: http://antonioarturdesouza.blogspot.com/2011/05/design-didatico.html



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